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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Obrigado R10!


Ronaldinho Gaúcho não joga mais no Atlético... é o fim da união entre o gênio e o time do povo. Quando se encontraram, precisavam da mesma coisa: um novo tempo de glórias. E que grande encontro foi esse. O craque, que andava desmotivado, voltou a mostrar sua arte e sorrir, e o clube deu mais alegrias à Massa. Foram inúmeros lances de pura magia, magia que os apaixonados pelo Galo e pelo futebol não vão esquecer. Jamais. Chapéus, canetas.... um imenso repertório de dribles. Pura arte.  
Foram 88 partidas e 28 gols. Balançou as redes de falta, de pênalti, em chute de fora da área, e até de cabeça. Isso tudo trouxe títulos: Campeonato Mineiro de 2013, com direito a goleada e provocação ao maior rival, a épica Libertadores da América 2013 e, agora no apagar das luzes, a Recopa Sulamericana, em mais um teste para corações fortes e outros nem tão fortes assim contra o argentino Lanus.

Nesses dois anos e um mês Ronaldinho Gaúcho devolveu ao atleticano o orgulho e nos rivais, reforçou a sensação de que um clube tão popular deve ser respeitado. Fico feliz de ter visto o gênio em ação na Arena Independência. O dia 8 de dezembro de 2013 não sairá da memória. R10 marcou os gols do Galo no jogo contra o Vitória: um de falta, em cobrança magistral, e outro de pênalti, com categoria, deslocando o goleiro. Foi durante sua passagem que ganhou fama o grito “Caiu no Horto, tá morto”. E continua fazendo todo sentido, afinal, lá ele não perdeu: em 40 jogos, 26 vitórias e 14 empates. O craque fez 16 gols e deu 24 assistências.


Foi uma honra contar com um gênio desse quilate no meu time do coração. Esse ano, apesar das atuações não terem sido das melhores, comprei uma camisa com seu nome e número. Todo ciclo chega ao fim, e o de Ronaldinho Gaúcho no Atlético acabou. Tudo o que posso dizer é muito obrigado. Acompanho a carreira desse grande astro desde os tempos de Grêmio, vi sua arte mais lapidada no Barcelona e posso contar para os meus netos – Deus sabe se chegarei lá – que um dia Ronaldinho Gaúcho jogou no Galo. É isso. Vá com Deus R10. Obrigado por tudo. A Massa nunca vai esquecer o que você fez pelo Galo, e você, eu acredito (olha a frase da Libertadores aí...) não esquecerá do Galo. 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Resultado bom e atuação "mais ou menos"



Boa noite caros (as) leitores (as). O Brasil tem 200 milhões de técnicos, e eu, claro, estou entre eles. Hoje começou a Copa do Mundo. Brasil e Croácia fizeram o jogo de abertura da maior competição de futebol do planeta. Confesso que a atuação do time canarinho não me agradou. Foi "mais ou menos, mais ou menos", como diz o personagem "Poderoso Castiga", interpretado pelo ator Eduardo Esterblish, no programa Pânico na TV (Bandeirantes). 

Acredito que o resultado foi bom, mas há muito, muito mesmo a melhorar. Júlio César fez um jogo razoável, não comprometeu. Os laterais preocupam. Marcelo, na esquerda, mesmo com o gol contra - uma fatalidade, pode acontecer com qualquer um - conseguiu ser melhor que Daniel Alves, que pouco criou no ataque e marcou muito mal, havia uma avenida em suas costas. Na zaga, Thiago Silva foi seguro, melhor que David Luiz, seu companheiro no setor.

Luiz Gustavo, primeiro volante, foi bem: desarmou e ajudou o time a chegar com bons contra-ataques. Paulinho esteve abaixo do que pode apresentar e pra mim, foi bem substituído por Hernanes.

Oscar jogou muito: participou dos três gols e não se escondeu em momento algum. A possibilidade de ficar na reserva, cogitada nos amistosos pré-copa, parece ter mexido com ele.

Hulk teve atuação fraca e Bernard, que ficou pouco tempo em campo, produziu mais e tem potencial para ser titular. Neymar, principal nome do time, foi bem. É craque e se não prender tanto a bola pode fazer a seleção chegar longe. O camisa 10 saiu para entrada de Ramires, que ajudou a segurar o placar. 

Fred é bom jogador, mas, não fosse o penalty, mal seria notado em campo: deveria receber o "Troféu Abacaxi" pela péssima atuação cavando a falta dentro da área que acabou mudando o rumo da partida. Acredito que, se não fosse esse lance, Jô entraria no lugar do atacante do Fluminense.

É isso. Espero que essa Copa seja cheia de grandes partidas. Até outra hora e obrigado pela atenção de vocês. Um abraço.  


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Lembranças de um milagre alvinegro

Trinta de maio: hoje faz um ano que Victor defendeu o penâlti cobrado por Riascos, atacante do Tijuana, aos 48 minutos da partida de volta das quartas de final da Libertadores 2013.

Foi um momento tenso, mas, a alegria compensou todo o sofrimento. Confesso que havia desistido: no tempo entre a marcação da falta e a batida, eu que, assistia o jogo na sala de casa, fui para o quarto, troquei de roupa e passei a me preparar para dormir. No último segundo, fui para o quarto e peguei o bom e velho radinho de pilhas. Antes de ligá-lo, ouço um grito vindo da alma de alguém que naquele momento também vivia aquela angústia: PEGOU!!!!!.

Corri pra sala e vi o lance na TV, afinal há atraso de alguns segundos entre as transmissões do rádio e da televisão.

A ficha só caiu três, quatro dias depois. Meu time estava classificado para a semifinal da Libertadores. Um capítulo sensacional do épico que terminou em conquista. Valeu Galo. Não vou esquecer essa Libertadores nunca!. GALOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO


O vídeo acima tem os melhores do jogo e, claro, a defesa de Victor no último minuto. Crédito para o canal FoxSports.

"Manifesto" contra o governo federal e prefeito de "mãos estendidas" marcam visita do governador

A visita do governador Alberto Pinto Coelho (PP) a João Monlevade, na terça-feira desta semana, foi marcada por discursos exaltados. Como o público era formado majoritariamente por apoiadores dos governos municipal e estadual, não faltaram críticas a grupos políticos rivais. A solenidade teve a presença de autoridades políticas, militares e judiciárias, representantes de empresas, de clubes de serviços e da comunidade monlevadense e da região.

O tom do evento foi dado pelo secretário estadual de Governo, Danilo de Castro. Pai do deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB), o político exaltou o senador Aécio Neves, pré-candidato peessedebista à presidência da República e não economizou nas críticas ao governo federal, comandado pelo PT.
O secretário afirmou que Minas Gerais avançou durante a gestão de Aécio Neves. "A partir de 2003 participamos de um governo que mudou a história de Minas Gerais, um jovem governador, ungido pela modernidade. Minas Gerais, mudou, progrediu, despontou no cenário brasileiro, através da alta administração feita pelo Aécio Neves, sucedido por Antônio Anastasia, quem sabe o maior gestor público desse país, um homem que brindou a todos nós com excelente administração", declarou, elogiando também o atual governador.

Logo em seguida Danilo de Castro deu início ao "manifesto" contra o governo federal. "Não podemos esconder a nossa frustração com o governo federal. Mais uma vez, sobre a  duplicação da BR 381, nós vimos a enganação, uma promessa que não foi cumprida. Vimos um governo que não tem planejamento, que não sabe para  onde vai, um governo que a cada dia nós assistimos um desmanche, cada dia uma notícia de corrupção", citou.

Por fim, o secretário de Governo apontou o nome de quem, em sua opinião, pode ajudar o país. "Eu digo para vocês: Minas Gerais esteve sempre presente nas horas difíceis que o Brasil atravessou, Minas Gerais esteve sempre pronta, e talvez, seja de Minas Gerais a luz que vai mudar a história do país", considerou.
O ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE - MG), Mauri Torres, pai do prefeito Teófilo Torres (PSDB), foi discreto, característica de sua atuação política. Ele destacou a importância da parceria com o estado "pela atenção com a cidade" e desejou sucesso ao centro de serviços do Sebrae, inaugurado na ocasião.

O prefeito de João Monlevade fez um apanhado de sua gestão e criticou a administração liderada por seu antecessor, Gustavo Prandini (PV - 2009/2012). "Sabíamos que nos esperava uma situação de dificuldades, pelo caos em que a administração anterior transformou a administração do município. No entanto, eleitos, nos deparamos com uma situação ainda pior, uma catástrofe administrativa e uma crise de gestão histórica jamais vista na Prefeitura de João Monlevade", afirmou.

Uma das expressões mais citadas - e admiradas - pelos tucanos, como era de se esperar, não faltou, assim como reclamações sobre os opositores. "Fizemos um choque de gestão na Prefeitura de João Monlevade para colocar a casa em ordem. Foram 18 meses de medidas duras, mas necessárias, com grande desgaste político, oposição sistemática e radical, muita incompreensão e as cobranças naturais que tivemos que suportar e administrar", pontuou.

Foto: Ulisses Nascimento


Apesar do tom enfático, uma atitude, minutos depois, chamou a atenção. O prefeito fez um apelo para que as disputas partidárias sejam deixadas de lado. O peesedebista considerou que o momento é de soma de esforços para "um grande mutirão" para garantir soluções para os problemas e expectativas da comunidade monlevadense. "Sou desarmado de rancores, disputa eleitoral para mim se limita às campanhas e tenho consciência da dívida política que tenho e vou cumprir com o povo que me elegeu. Estendo as mãos a todos como primeiro exemplo, sem discriminação partidária para transformarmos os próximos dois anos na arrancada para a construção da cidade que queremos para o presente e para o futuro", declarou.


Laços de família
O clima de disputa foi percebido no discurso do prefeito. Ao agradecer o deputado federal Rodrigo de Castro, ausente na solenidade de ontem, Teófilo Torres afirmou que o esforço do parlamentar não será em vão. "Secretário (Danilo de Castro), leve o nosso abraço. Foram 25 milhões do governo do estado repassados a João Monlevade somente na nossa gestão através do deputado Rodrigo de Castro. Nós realmente temos que agradecer ao deputado e nós sabemos que o povo de Monlevade e a nossa região vai saber retribuir a ele todo esse trabalho", comentou
No início do discurso, quando cumprimentava autoridades, o prefeito Teófilo Torres fez referência ao pai, o ex-deputado Mauri Torres. "Meu pai, que dispensa comentários pela sua trajetória política e hoje, se eu estou aqui, eu devo tudo a ele, pelo seu passado e pelo trabalho deixado em Monlevade, na região e no estado de Minas Gerais", definiu.
O governador Alberto Pinto Coelho disse que estava satisfeito por estar em João Monlevade justamente quando o município comemora 50 anos de emancipação político-administrativa. Ele afirmou que João Monlevade e a região podem se orgulhar de seus representantes na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e na Câmara Federal. O governador declarou "apoio incondicional" à gestão de Teófilo Torres e falou em "parceria permanente" para conquistas pelo município.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Franquia do Bob´s em João Monlevade será inaugurada amanhã

Franquia do Bob´s em João Monlevade será inaugurada amanhã

A franquia de fast-food Bob´s inaugura amanhã, às 10h, sua loja em João Monlevade. O ponto de venda fica na galeria N&M Center, na avenida Getúlio Vargas, em Carneirinhos. A loja tem 13 funcionários, que passaram por treinamento em Ipatinga durante 15 dias, e está em processo de contratação. 

O horário de funcionamento será das 10h às 23h, inclusive em feriados. Além das mais de 1 mil franquias em todas as capitais brasileiras, a rede também possui pontos de vendas em Angola e no Chile. A primeira loja foi aberta em Copacabana, no Rio de Janeiro, na década de 1950. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Belezas do Rio - A série continua.....

Bom dia leitoras e leitores. Conforme publicado aqui na semana passada, continuo a pequena série de textos sobre minhas impressões a respeito do Rio de Janeiro. Boa leitura!

Passeio pela História

Meu segundo dia na capital carioca foi dedicado a passar por lugares que fazem parte da história, da própria cidade e do país. Após dez minutos de ônibus, deixei Santa Tereza e cheguei à Lapa, sem dúvida, um lugar obrigatório para quem visita o Rio. O bairro ainda guarda muitas características que o tornaram notório, entre elas, os imóveis antigos, muitos bares e casas de shows (o lendário Circo Voador é um deles), e claro, o Aqueduto da Carioca, ou simplesmente, os belíssimos Arcos da Lapa.  

Foi bacana por os pés no mesmo lugar por onde passou a nata do samba: Cartola, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho.... Foi uma emoção diferente, senti que estava passeando pela história ao lembrar da monografia produzida durante o curso de Comunicação Social, em que o tema era "O Samba como instrumento de Comunicação no Governo Vargas - 1930/1945". Sem dúvidas, vai ficar na memória.

O passeio não parou por aí. Depois de uma rápida caminhada, cheguei à Cinelândia, bem no centro da cidade, um conjunto de quarteirões que abriga, entre outros prédios, o Theatro Municipal do Rio, a Câmara de Vereadores, a Assembleia Legislativa e a Biblioteca Nacional.

Bem, como eu vi muita coisa por lá, conto o restante no próximo texto... Até lá.  


Os belíssimos Arcos da Lapa - Crédito: Arquivo Pessoal 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Belezas do Rio - uma pequena série


Caríssima leitora, caro leitor, hoje inicio uma pequena série de textos sobre minha viagem ao Rio de Janeiro, lugar que eu sonhava conhecer desde criança.


Sob as bençãos do Cristo

Uma das grandes curiosidades que tinha na vida, em termos de viagem, era sobre o Rio de Janeiro. Lugar que tantas vezes foi tema de pesquisas e estudos, inclusive na monografia escrita para o curso de Comunicação Social.

Depois de adiar várias vezes esse passeio, fiz umas economias, planejei e finalmente parti para conhecer a Cidade Maravilhosa. E não é clichê. Aquele lugar realmente tem milhares de encantos, logo na chegada é fácil perceber. Ainda no avião, fiquei feito menino em loja de brinquedos, impressionado, sem saber para qual lado olhar.

Depois que a aeronave chegou ao aeroporto Santos Dumont, disse pra mim mesmo: finalmente estou no Rio. Meu primeiro passeio foi ao Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos da cidade. O trem ia devagar subindo o Cosme Velho em direção ao alto do Corcovado. Turistas, a maioria estrangeiros,  de tempos em tempos, formavam um coral de admiração a cada bela paisagem descortinada em meio à floresta "OHHHHH". Coisa de cinema.

Típico mineiro, eu estava ressabiado com um aviso que recebi ainda na estação. "Senhor, recebemos a informação que está chovendo lá em cima, talvez não dê pra ver o Cristo. A cidade, muito provavelmente, o senhor não verá", disse o rapaz que coordenava a fila de embarque do trem.

Para a minha sorte, deu pra ver o Cristo - realmente algo impressionante - e boa parte das belezas desse Rio de Janeiro tão lindo. Lá em cima eu lembra dos versos de uma canção de Djavan, chamada Delírio dos Mortais. "Com esse poder, outra cidade não há, não consigo pensar em duas, é muito fácil sentir a mão de Deus em tudo". Foram 40 minutos de pura contemplação, vendo a mais de 700 metros várias belezas desse lugar mágico que Deus me permitiu conhecer. Em breve mais um texto sobre a viagem ao Rio.

Abaixo, uma recordação da visita ao Cristo Redentor. Crédito: Arquivo Pessoal / Ulisses Nascimento

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Belo Horizonte: capital do futebol brasileiro em 2013

Bom dia leitora, bom dia leitor.

Depois de um longo tempo com essa página praticamente desativada, estou de volta, e retorno para falar do esporte mais popular do mundo. O futebol está no nome do blog, então, não há como fugir.

Escrevo esse artigo com a grata satisfação de ver o estado de Minas Gerais "sobrando" no futebol brasileiro em 2013. No primeiro semestre, vi o Galo - meu time do coração desde criança - levantar o troféu da Copa Libertadores da América. Apesar de todo o sofrimento, cada segundo dessa conquista valeu a pena. Era um título esperado há algum tempo e que foi parar na sede do clube em Lourdes com toda a justiça.

No segundo semestre, quem tem se destacado é o Cruzeiro - arquirival, time pelo qual não tenho qualquer simpatia, mas, respeito, pelo fato de bons amigos serem adeptos - líder disparado do Campeonato Brasileiro. Muito bom ver Minas Gerais com esse destaque no cenário nacional.

Dia desses, assistindo a um programa esportivo na TV, ouvi de um comentarista uma frase interessante "O eixo Rio-SP quebrou". Se quebrou não sei, mas, que, enfraqueceu, não há discussão. Depois de décadas, há a possibilidade de nenhum time desses estados jogarem a Libertadores. Realmente, é uma mudança e tanto.

Que os nossos dirigentes aproveitem esse momento excelente para melhorar a estrutura dos clubes, reivindicar patrocínios e cotas de TV mais vantajosos e sigam bons planejamentos para continuar montando times competitivos.

Tomara que o bom momento do futebol mineiro não seja mero "fogo de palha". E que o Galo tenha mais conquistas relevantes que o rival..... hehehe. Bom, deixando a rivalidade um pouquinho de lado, viva o futebol mineiro.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

STF nega recurso ao ex policial Vitor Renato Murta, acusado de matar mecânico em 2006

Morte de Marcelo Pereira, o "Boca", completou sete anos no mês de agosto; caso comoveu a cidade

STF nega recurso ao ex policial Vitor Renato Murta, acusado de matar mecânico em 2006


O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o agravo de instrumento interposto pela defesa do policial Vitor Renato Murta, acusado de matar o mecânico e motociclista Marcelo Gomes Pereira, o "Boca", em 2006. A decisão, do ministro Luiz Fux, relator do processo, foi publicada no dia 27 de maio.  O objetivo do agravo era a reformar a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que não admitiu o recurso extraordinário interposto pelo ex-policial.


No dia 27 de agosto de 2006, Marcelo Gomes Pereira "Boca",  de 36 anos, foi baleado pelo policial militar Vitor Renato Murta enquanto passava de moto em frente à Igreja Nossa Senhora da Conceição, na avenida Getúlio Vargas, em Carneirinhos.


O PM alegou que o motociclista estaria fazendo manobras perigosas, ignorou a ordem para parar a moto e pôs a mão na cintura, dando a impressão de que estava armado. O policial contou ter atirado por sentir que sua integridade física estava ameaçada. Marcelo Pereira morreu no dia 29. O caso gerou grande comoção em João Monlevade. O velório atraiu milhares de pessoas, várias manifestações populares foram feitas e o julgamento do PM, a pedido da defesa, foi realizado em Belo Horizonte.


Em novembro de 2010, Vitor Renato Murta foi condenado a doze anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Ele foi exonerado da Polícia Militar de Minas Gerais.


A decisão do STF manteve a pena de doze anos de reclusão e a exclusão da corporação ao ex policial militar. "No caso sub examine, trata-se de policial militar condenado pela Justiça comum à pena de 12 (doze) anos de reclusão, oportunidade em que foi aplicada a pena de perda de graduação, como efeito secundário da condenação, da perda de função da perda da função pública. Consoante demonstrado, sendo competente a Justiça comum para o julgamento do presente feito, também é de sua competência decidir sobre a perda da graduação, sem que isso constitua violão ao artigo 125, § 4º, da Constituição Federal. NEGO SEGUIMENTO ao recurso com fundamento no artigo 21, § 1º do RISTF", cita a decisão.
O ministro Luiz Fux menciona na decisão que o artigo 92 do Código Penal prevê a decretação da pena acessória da perda de cargo público como efeito secundário da condenação sem a necessidade de procedimento específico para esse fim.



Sete anos de lembranças
Todo dia 27 de agosto um ritual se repete para a família Gomes Pereira: é o momento de homenagem a Marcelo, o Boca. Esse ano, uma faixa foi estendida na porta da casa de número 121 da rua Oliveira Couto, no bairro Nossa Senhora da Conceição, onde ele morou e ainda vivem a mãe e outros familiares do mecânico. "Nunca deixar apagar esta linda página no livro da vida chamada Marcelo, nosso eterno 'Boca'. Saudades". O Diário entrou em contato com familiares do motociclista para saber a opinião deles a respeito da decisão do STF. Irmã de Marcelo, a manicure Joana Gomes Pereira afirmou que recebeu a informação no dia da homenagem. "Sinto que a justiça foi feita. Muita gente dizia que não ia dar em nada, mas, o resultado está aí. Graças a Deus, à força da família e da sociedade, devido à grande comoção que houve na época", avalia, lembrando do velório do irmão, que atraiu milhares de pessoas.


Para a manicure, o caso serve de lição para que excessos sejam evitados. "Nada vai trazer o Boca de volta, mas, a decisão serve de exemplo. Um policial que honra a farda e tem postura não teria agido daquela forma", pontua. Joana Pereira traz na memória os últimos momentos passados ao lado do irmão. "Ele chegou em casa e pediu socorro, me disse que um policial tinha atirado nele. Se ele não tivesse contado, o caso teria terminado em impunidade", explica.


A dona de casa Dalila Gomes Pereira (foto à esquerda), mãe do motociclista, conta como tem sido a rotina depois do crime. "Até hoje a tristeza é grande. A gente acostuma, mas, não esquece. Ainda tenho muita angústia. Perder um filho é triste, e dessa forma, mais triste ainda", relata emocionada. Prova de que as lembranças estão presentes no dia-a-dia está na sala da casa: um retrato de Marcelo está no alto de uma das paredes, ao lado de imagens religiosas.  Dalila Pereira conta que no dia em que foi baleado, um domingo, o mecânico prometeu ir à missa."Ele não tinha ido à igreja de manhã e falou que ia mais tarde. Quando ele chegou, eu estava rezando. Perguntei a ele se ele queria jantar para ir à missa, ele só pediu que eu continuasse as minhas orações", recorda.


O mecânico era o segundo mais novo em uma família de onze irmãos. Manoel Gomes Pereira, o pai (já falecido), era de Araçuaí, no norte do estado, se casou com Dalila Gomes Pereira, nascida em Salvador, capital da Bahia, na década de 1950. Antes de se mudar para João Monlevade, eles viveram em Governado Valadares, onde Manoel atuou como militar.

Crédito da foto: Ulisses Nascimento / Diário de Itabira


domingo, 20 de janeiro de 2013

Arnold Schwarzenegger continua em forma

Um antigo ditado diz que quem é rei nunca perde a majestade. Não uso muito essa expressão, mas concordo com a essência de quem aprende determinado ofício não o esquece fácil. Foi o que aconteceu com Arnold Schwarzenegger, sempre lembrado por clássicos filmes de ação como O Exterminador do Futuro, Efeito Colateral e Queima de Arquivo, para citar alguns.

Ontem (19), estive no Shopping Cidade, em Belo Horizonte e assisti ao mais novo filme do ator que ficou longe de Hollywood por algum tempo devido à sua atuação na política (foi governador do estado norte-americano da Califórnia). "O Último Desafio" - The Last Stand, no título original - conta a história de Ray Owens, um xerife quase aposentado em uma pequena cidade que é obrigado a voltar à ativa para evitar que o temido traficante Gabriel Cortez (Eduardo Noriega) fuja para o México.

Em resumo, um bom roteiro, produção bem feita, algumas piadas sobre o protagonista - hoje com 65 anos - e tiros, muitos tiros. O mais legal do filme é o carro usado por Cortez: apresentado simplesmente como "Zero One", é mais rápido que um helicóptero. Para não comer poeira, o xerife usa um Camaro.

 Com certeza os dois veículos não fariam feio em qualquer disputa do também clássico "Velozes e Furiosos".

O elenco do filme conta ainda com Luis Guzman, Rodrigo Santoro, Forest Whitaker e as belas Christiana Leucas e Jaimie Alexander.

Como escrevi no título, Scharwarznegger não decepciona nessa produção. O ator continua em plena forma

Para quem gosta de ação, O Último Desafio é uma boa pedida


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Messi, de novo, melhor do mundo

A transmissão da entrega da Bola de Ouro da Fifa na TV, pelo horário brasileiro, é só às 16h, porém, permitam-me um simples exercício de futurologia.

O argentino Lionel Messi, camisa 10 do Barcelona, será eleito, pela quarta vez consecutiva, o melhor jogador de futebol do planeta. Seus concorrentes, o espanhol Andres Iniesta, companheiro no Barça, e o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, são craques indiscutíveis, porém, não serão páreo para "La Pulga" dessa vez.

Se falarmos de títulos na temporada, Iniesta e Cristiano Ronaldo tiveram mais destaque. O primeiro fez parte do esquadrão espanhol que venceu a Eurocopa, com direito a goleada impiedosa (4x0) sobre a tradicional Itália na final. O segundo liderou o Real Madrid na conquista do Campeonato Espanhol, com direito a grande atuação e gol no clássico disputado no Camp Nou.

Porém, Messi quebrou um recorde de 40 anos. Ele superou a marca do alemão Gerd Muller, que havia marcado 85 gols em 1972. O argentino foi às redes 91 vezes - isso mesmo, caro (a) leitor (a) - em 2012, pelo Barcelona e seleção argentina.

A quarta Bola de Ouro seguida será um marco, afinal, Messi vai ultrapassar Ronaldo Fenômeno e o franco-argelino Zinedine Zidane, dois monstros do futebol mundial que receberam o prêmio três vezes e estão em qualquer lista dos melhores que eu vi jogar.

Lionel Messi, definitivamente, parece ter vindo de outro planeta.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Djavan, Gil e o Ano Novo

Caro (a) leitor (a), bom dia. Gostaria de agradecer a parceria de vocês em 2012 e desejar um 2013 de muitas realizações, que seja um ano muito abençoado por Jesus Cristo. Hoje vou falar de música. Recentemente assisti dois DVD´s muito bons. O primeiro é Ária, de Djavan. Gravado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, traz canções de cd do mesmo nome - um raro projeto em que Djavan foi somente intérprete e apresenta interessantes versões de clássicos da MPB e da música mundial, como Fly me to the moon (imortalizada por Frank Sinatra), La Noche (Henrique Eredia/Juan Jose Suarez), Brigas Nunca Mais (Tom Jobim), Palco (Gilberto Gil) e Disfarça e Chora (Cartola), só pra citar alguns - e uma seleção de seus grandes sucessos: Oceano, Te Devoro, Pétala, Flor de Lis e Linha do Equador. Mesmo com banda enxuta - André Vasconcellos no baixo, Marcos Suzano na percussão e Torquato Mariano na guitarra e violão - o show não decepciona, porque os arranjos ficaram ótimos e a ligação de Djavan com a plateia também ajuda muito. O outro DVD é Máquina de Ritmo e Concerto de Cordas, o trabalho mais recente de Gilberto Gil. Com a participação da tradicional Orquestra Petrobras Sinfônica, o compositor baiano chega a um bom resultado mesclando acústico e elétrico. O registro serve de comemoração para os 70 anos de Gil, completos em junho de 2012 As melhores canções - 15 no total - são Máquina de Ritmo, Eu vim da Bahia, Futurível e Andar com Fé. Em suma, vale a pena conferir esses dvd´s.
Gilberto Gil em Máquina de Ritmo e Concerto de Cordas: trabalho integrou as comemorações dos 70 anos desse gênio da MPB Foto: O Globo