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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sem debate, o jeito foi entrevistar

A noite de terça,16, pelo menos para esse jornalista que vos escreve, serviu para saber “quem é quem” nas eleições municipais de João Monlevade.Antes de começar minhas considerações, deixo claro que não pertenço á nenhuma sigla partidária e não tenho amizade ou antipatia por nenhum dos prefeitáveis. Converso com todos eles, mas sou um profissional da notícia, portanto, meu dever é registrar os fatos. O texto abaixo é uma análise fria, baseada no que aconteceu.
As entrevistas concedidas pelos três candidatos à prefeitura – Conceição Winter (PMDB), Gustavo Prandini (PV) e Railton Franklin (PDT) – no auditório da Funcec, foram esclarecedoras. Os candidatos tiveram cinco minutos para falar sobre plano de governo e o que os levou a se candidatar. Inicialmente a meta da Funcec era promover um debate, porém, somente Prandini aceitou a proposta. Sem o acordo, todos responderam 10 perguntas – formuladas por alunos e professores da faculdade – sobre variados temas. A atividade foi coordenada – muito bem, diga-se de passagem – pelo jornalista e professor Getúlio Neuremberg. Vamos ás entrevistas. Railton estava um pouco nervoso,mas foi razoável. Se comportou bem a maior parte do tempo, deu respostas seguras sobre educação e duplicação da ArcelorMittal e defendeu o prefeito Carlos Moreira (PTB) – investigado pela Justiça - , seu maior apoiador. O médico titubeou em perguntas sobre a atual administração, como o inchaço na prefeitura, e não soube informar qual o percentual do orçamento 2009 será gasto para fazer o pagamento dos funcionários. Escorregou, mas terminou em pé. Nota 7.Gustavo começou animado. Uma das primeiras frases ditas pelo advogado se referiam ao orçamento 2009. “Ao contrário do outro candidato, estou estudando o orçamento”, comentou. O oposicionista mostrou que, dos três prefeitáveis, é que se comunica melhor, mas isso não quer dizer que leva grande vantagem na corrida eleitoral.
Como representante da esquerda, demonstrou preocupação com a área social. Ele também falou sobre trânsito – hoje, um assunto complicado – e a não menos espinhosa questão da segurança pública. Nota 8.
Conceição foi muito aquém do esperado. Chegou atrasada, na última hora. Se enrolou para falar sobre a motivação para se candidatar e respondeu a maioria das perguntas de forma vaga ou fugindo do tema. Um exemplo : quando questionada sobre a liberdade de imprensa, não foi convincente. “Eu concordo plenamente com esse direito”, explicou. A vice-prefeita mostrou sérios problemas de comunicação. Por ter encarado de frente e ter participado do evento, nota 6, mas sua capacidade de expressão é preocupantes,precisa melhorar, e muito.

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