O candidato a vereador Antônio Edmilson Coelho Noronha, o Edmilson Cearense (PR), da “Coligação Monlevade Solidária”, é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de tentar comprar voto de duas eleitoras. No processo, de nº 261/2008 é citado o que levou à investigação. “Conforme apurado pelo Ministério Público, o candidato em questão é vendedor autônomo de produtos de limpeza. Ante isto, ele vem oferecendo ao eleitorado tais produtos, gratuitamente, bem como dinheiro, acompanhados de pedido de voto, às vezes explícita e outras vezes implicitamente”. Consta ainda que, o representado estaria prometendo “transportar os eleitores até a sua zona eleitoral, com a finalidade de angariar o voto destes”, cita o documento. Duas eleitoras foram identificadas. O candidato teria oferecido produtos de limpeza gratuitamente à denunciante e se mostrou disposto a perdoar uma dívida de R$60. Além disso, ele teria prometido levá-la de moto até o local de votação no dia 5 de outubro. Para outra eleitora, testemunha no processo, ele teria oferecido R$100, produtos de limpeza e prometeu transporte no dia do pleito. Receoso de que o caso se tornasse público, Cearense teria ameaçado a cunhada da denunciante. A representação foi oferecida pelo Ministério Público no dia 15 de setembro.
Edmilson Cearense apresentou defesa. Os advogados da coligação “Monlevade Solidária” argumentam que ele conhece a legislação eleitoral e nunca praticou o ato denunciado. “È verdade que o denunciado exerce a função de vendedor autônomo, e está em plena campanha eleitoral, porém, o mesmo nunca praticou tal ato, mesmo porque o candidato detém conhecimento da legislação eleitoral e sabe que tal crime pode comprometer sua campanha, e que o mesmo pode ter cassado seu registro ou seu diploma”, explica a defesa. A defesa alega que Cearense tem contato direto com eleitores todos os dias e por isso se interessou pela política. O desgaste com clientes seria natural, por eventuais dívidas ou insatisfação com os produtos oferecidos. “Vale lembrar que como se trata de uma pessoa conhecida na região e por atingir um número grande de eleitores, por ser vendedor autônomo haverá sempre adversários / inimigos. Caso condenado, Cearense pode ser processado na esfera civil e criminal. Na primeira ele pode ser multado em até cinquenta mil ufirs e ter o registro da candidatura cassado. Na segunda, ele pode pegar 5 anos de reclusão e ficar inelegível por três anos. A juíza eleitoral, Célia Ribeiro de Vasconcelos, analisou a defesa do candidato e deve marcar uma audiência, que ainda não tem data certa para ser realizada.
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